REFLEXÃO

FINADOS: A morte não é o fim. 

PASCOM MATRIZ DE SANTO ANDRÉ - SP
POR EDUARDO E MARILISA DE SANTO ANDRÉ - SP

"Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." João 10:10  

Estamos nos aproximando de mais um dia de Finados e este, talvez, seja mais triste do que os outros, devido ao que estamos vivenciando em 2020. Foram mais de 155 mil mortos no Brasil e mais de 1 milhão em todo o mundo, apenas por Covid-19. Independente da causa mortis, nos despedirmos de um ente querido ou amigo que se foi, nunca é um momento fácil, a tristeza é inevitável. Imagine então não poder se despedir, o que é um agravante desta doença, já que o sepultamento deve ser instantâneo. Família e amigos não podem fazer o velório, um momento tão importante para eles. E mesmo se a morte não tiver relação com o coronavírus, é indicado que as despedidas não excedam 1 hora. Isso torna tudo ainda mais difícil e triste.

Diante de tamanha dor não podemos esquecer do que Jesus nos diz: "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." João 10:10

Isso mostra que a vida concedida por Jesus Cristo é de uma medida transbordante, ultrapassa a vida neste mundo, nos remete à vida eterna, infinita. Essa promessa de Jesus é um acalento em nossa alma, é a esperança que precisamos para prosseguir com a nossa caminhada neste mundo, pois nós, que aqui ficamos, ainda não concluímos nossa missão. Temos o dever de tornar esta vida melhor, inclusive ajudando aos que tem mais dificuldade em superar momentos difíceis como este. Como cristãos, é nosso dever levar esta esperança para todos.

Por meio da Ressurreição de Cristo somos convidados a não ver a morte como o fim, mas sim como uma transformação. A morte é transformada por Cristo a medida em que foi vencida por Ele na redenção da cruz. Com a Ressurreição de Cristo, nova vida se fez realidade, portanto nossa vida será transformada.

Veja o que Paulo nos diz na carta aos Filipenses: "A nossa cidadania, porém, está lá no céu, de onde esperamos ansiosamente o Senhor Jesus Cristo como Salvador. Ele vai transformar nosso corpo miserável, tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso, graças ao poder que ele possui de submeter a si todas as coisas." De lá viemos e para lá voltaremos, é como se fizéssemos a viagem de volta, com nosso corpo glorioso semelhante ao de Jesus ressuscitado, um corpo que não se cansa, não sente dor, não envelhece e não morre, um corpo incorruptível.

A verdade é que não temos o entendimento perfeito de como será, pois vemos em parte, mas quando estivermos na presença de Deus e conseguirmos ver por completo, perceberemos a grandiosidade e o amor infinito de Deus por nós, algo inimaginável tendo em vista os limitados conhecimentos deste mundo.

Na Bíblia, mais precisamente na Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor. 15:35-44), encontramos uma alusão que nosso corpo terrestre seria apenas uma semente e que ao morrer dá lugar ao corpo que lhe é próprio, conforme Deus quer.

O fato é que não há nada que possamos vivenciar aqui que chegue perto do que haverá na eternidade, portanto não devemos sentir medo da morte ou nos deixar abater pela morte de alguém querido. Sentir tristeza é normal, faz parte do luto. Nos lembremos novamente de Jesus que chorou a morte do amigo Lázaro. O que não podemos é deixar que isso tome conta de nós, Deus nos criou para sermos felizes e essa felicidade deve ser genuína, pura, uma felicidade que independe dos acontecimentos externos. Ele prometeu estar sempre conosco, em todos os momentos, só precisamos estar em sintonia com Ele.

Portanto sempre roguemos a Deus por todos os falecidos e supliquemos que Ele aumente nossa fé para podermos responder sim à pergunta de Jesus que diz: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que acredita em mim, não morrerá para sempre. Você acredita nisso?" João 11:25-26